quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Em nome da tristeza


Um copo lagoinha na mesa
Dois dedos de remédio pra tristeza
Tenho certeza
Isso não acaba bem
A música me remete com clareza
A um tempo em que essa companheira tristeza
Não me se sentava na mesa

Já está tarde...
Mas a cidade é sempre a mesma
As pessoas passam sem olhar pro lado
Sinto-me desolado
No meio de uma multidão de isolados
Mas a cidade é sempre a mesma

Em nome da tristeza
Peço ao amigo da mesa
Que me traga um pouco mais
da mesma
Estou novo demais para falar de morte
Cansado demais para falar de sorte

É hora de ir embora
Que nada tem a ver com boa hora
É hora da degola
Amanhã é um novo dia
Uma nova história
Mas que sempre se repete
Depois do serviço, às sete.

Dois dedos de remédio
Para curar o meu tédio!
Dois dedos de remédio
Para mais um ébrio!

Nenhum comentário:

Postar um comentário