quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Você é o que você escolhe

Às vezes me perguntam por que parei de escrever. É difícil dizer ao certo, mas escrever sempre foi mais uma necessidade do que um prazer... Essa semana no transito comecei a pensar e este certo pensamento se tornou necessário compartilhar. Estava refletindo sobre o quanto temos das escolhas que fazemos e o quanto isso se torna uma dialética sem fim! Somos aquilo que escolhemos e o que escolhemos diz muito sobre o que somos.
Eu escolhi deixar o curso técnico de mecânica pra ser atendente de telemarketing... Depois me tornei supervisor e escolhi que seria mesmo era professor. Dentre as dezenas de cursos eu escolhi fazer aquilo que me daria satisfação intelectual e política. Escutei muitas críticas... Muitas doeram bem fundo, por virem de quem eu menos esperava nesse mundo. Mas não posso me queixar jamais... Eu escolhi.
Escolhi entre ter várias, ter apenas uma que me preenchesse o bastante pras outras não fazerem sentido. Escolhi me casar ser pai e ter uma vida tranqüila. Escolhi odiar os bancos e o sistema capitalista, escolhi ser comunista e paguei com o deboche alheio. Mas quem se importa? Foi uma escolha procurar meu pai depois de ele se esquecer de mim, do passado, das datas de aniversário, natal, dia das crianças e o dia dos pais. Ninguém me obrigou a nada e quando a vida me cobrou um caminho e não me deu certeza de nada, eu errei. Mas também eu acertei, e quando se toma uma decisão, seja ela precisa ou não... Vale à pena tentar!
As opções sempre existem, até a inação é fruto de escolha... A omissão é uma forma de ação, não há como fugir das escolhas, não há como ser imparcial. Sempre existem interesses em jogo, sempre se pode escolher um caminho, que não tem nada a ver com sucesso e fracasso. Pois como diria nosso Raul: ”Há tantos caminhos tantas portas/Mas somente um tem coração”. O acaso é só fruto das escolhas que você já esqueceu...As coisas são assim...

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Vida


Vida, muitas idas e vindas
Muitos desgostos em muitos agostos
Seu sabor, sua vida, seu gosto
Só vejo no espelho o reflexo do seu rosto

Olho para os lados e vejo todo o caos criado
Tenho nas mãos uma carta que guardo com cuidado
Posso estar certo ou errado
Mas por favor, não me deixe de lado

Ando, ando sem saber onde vou parar
Só sei que não quero
Parar de andar
Só sei que preciso recomeçar nos braços de outro olhar

Olho para o céu e vejo todo infinito
E percebo a fina linha entre a realidade e o mito
Toda dor que sinto, todo medo que pressinto